Acompanhando o Mercado

O que posso fazer pelo mercado de arte?

João Carlos Lopes dos Santos



Uma consulente, aqui incógnita, me formulou uma excelente pergunta e, por isso, transformei o questionamento num artigo. O que vou dizer serve para todos que gravitam ou não no mercado de arte.

Escreveu-me uma estudante do nordeste do país indagando-me sobre qual seria o melhor tema, abrangendo o mercado de arte, objetivando a sua monografia de final de curso universitário. Demonstrou que queria também ajudar e me perguntou: ‘O que posso fazer pelo mercado de arte?’


Mote para monografias

Sugeri que fizesse a um trabalho sobre o mercado de arte de seu estado. Demonstrei a importância para o mercado de arte nacional se tivéssemos boas literaturas sobre cada mercado regional. Infelizmente, a desinformação a respeito é a tônica em quase todos os estados do país. Quem sabe você, leitor/a, não será o auto/a do livro com informações sobre o mercado de arte de seu estado?

Em 1999, tentei com o Manual do Mercado de Arte, hoje com edição esgotada, iniciar o processo, mas até agora pouquíssimos foram aqueles que acharam importante dar notícia de seus mercados. Você já imaginou o dia em que dispusermos de um trabalho desses sobre cada mercado regional? O mercado nacional vai agradecer muito. O mercado agradece sempre as boas iniciativas em prol dele e das artes plásticas.


Dicionários regionais de artistas plásticos

Outra excelente ideia é a dos dicionários regionais de artistas plásticos. Para citar duas iniciativas, Renato Rosa & Decio Presser escreveram o ‘Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul’, da Editora da Universidade/UFRGS; assim como na Bahia, a ‘Prova do Artista’ de Salvador, lançou o livro ‘100 Artistas Plásticos da Bahia’. Que esses dois exemplos inspirem os profissionais de mercado de outros estados.

A Julio Louzada Publicações, em âmbito nacional, faz também um belíssimo trabalho com o Artes Plásticas Brasil, o único dicionário-catálogo em atividade ininterrupta no país, com biografias e registros de mercado, desde 1985, abrangendo preços a partir de 1980 até os nossos dias.


Formem suas bibliotecas

Além desses, aconselho que formem suas bibliotecas com todas as publicações disponíveis sobre arte, mormente arte brasileira. Além de ampliar seus conhecimentos e ajudar àqueles que empreendem no setor, você estará fazendo um excelente investimento financeiro, pois os livros de arte não ficam obsoletos, dificilmente são reeditados, se valorizam com o tempo e têm sempre valor de revenda no mercado, com excelente liquidez. Muitos, quando esgotam, passam a valer fortunas.

Por outro lado, escrever e editar um livro, jornal ou revista - assim como vídeos e demais mídias –, que versem sobre arte brasileira, é uma missão das mais árduas e merecem total apoio. Portanto, não deixem de prestigiar tais iniciativas.

 

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