Crônicas do Cotidiano

Não também é resposta

João Carlos Lopes dos Santos.



Pois sim e pois não

Já basta a confusão causada pelo irônico ‘pois sim’, quando se quer dizer não; e o cortês ‘pois não’, quando se quer dizer sim. Os estrangeiros que se iniciam na língua de Camões, tão bem usada por Machado de Assis, acham isso muito estranho... Quem sabe por conta disso, já se nota que ambas as expressões estão entrando em desuso e, que no futuro, podem até desaparecer.

Objetivamente

Temos que aprender a dizer não, sem que nos sintamos culpados ao imaginar que estamos a magoar alguém. Querer agradar a todos, decerto, é um enorme desgaste emocional e nos causa muito estresse.

Há indivíduos – entre os quais não me incluo – que têm veia política e se caracterizam pelo sim, seguido do seu esquecimento. Quando muito, por um talvez provavelmente com o mesmo destino. Por que não se dizer logo, mas educadamente, um não, posto que seja muito mais honesto e objetivo? Eliminar-se-iam, assim, todas as expectativas, fazendo-se que aquele assunto siga outro curso.

Longe de mim, fazer a apologia da indelicadeza. É que as palavras devem ser usadas conforme a necessidade. Logicamente, sempre temos que ponderar a distância entre o ideal e o possível.

Portanto, sempre haverá o sim, para as situações com que estamos de acordo; e o não, para os momentos em que ele tem que imperar. Até porque, para bem administrar, quase sempre, o gestor tem que dizer não.




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